De São Romano diz o Martirológio Romano neste dia: “No território de Lião, o sepultamento de São Romano abade, que foi o primeiro a fazer vida solitária nessas paragens, onde também resplandeceu com muitos milagres, e mais tarde se tornou pai de inúmeros monges”.
Nascido em Bigey, na França, no início do século V, Romano começou a vida religiosa aos 35 anos de idade, entrando num mosteiro perto de Lião. Em breve, porém, ele o deixou e, levando consigo as instituições de Cassiano e a Vida dos Padres do Deserto, foi procurar um lugar ermo no qual pudesse dedicar-se a uma contemplação mais completa.
Encontrou então em Condat um local que lhe pareceu ser ideal: campos, mata e uma fonte. Aí, esquecido do mundo, entregou-se à oração, penitência, trabalhos manuais e leitura.
Mais tarde seu irmão Lupicino, que enviuvara, juntou-se a ele, e fundaram um mosteiro em Leucone. O contraste entre os dois irmãos era marcante. Enquanto São Romano era sempre indulgente e procurava adaptar-se às pessoas, São Lupicino era intransigente, e tinha a tendência a evitar qualquer tolerância que pudesse ser depois malsã. Entretanto, as qualidades e os defeitos dos dois santos se harmonizavam, sendo que São Romano converteu muitos religiosos dos quais São Lupicino já se desesperara.
Segundo seus biógrafos, um grande número de eruditos, entre eles São Eugendo, colocaram-se sob a direção dos dois santos irmãos, que fundaram vários mosteiros. O de Condat, depois chamado São Cláudio; Lauconne, depois São Lupicino por ter esse santo sido enterrado nele; La Balme, depois São Romano-da-Rocha, onde São Romano foi enterrado, e Romainmôtier (Monastério de Romano), na Suíça.
São Romano foi ordenado sacerdote por Santo Hilário de Arles em 444 e, com Lupicino, dirigiu os seus mosteiros até sua morte.
Entre os milagres atribuídos a São Romano ou Romão, está a cura de dois leprosos, depois que o santo os abraçou.
Sua popularidade de santo milagreiro se espalhou por toda a Europa já durante sua vida. Mal à vontade com essa popularidade, São Romão decidiu isolarse no mosteiro onde faleceu em 28 de fevereiro de 463, aos 73 anos. São Lupicino foi para a glória de Deus em 480.
São Gregório de Tours escreveu, no “Liber vitae patrum” (Livro da Vida dos Padres) a vida de São Romano, e um anônimo a “Vida dos Santos Romano, Lupicino e Eugendi”.
De São Romano diz o Martirológio Romano Monástico neste dia: “No século V, os Santos Romano e Lupicino. Depois de um período em um mosteiro lionês onde recolheu as tradições transmitidas pelo Oriente à Provença, Romano se fixou no Jura com seu irmão Lupicino. ‘Originada por seus dois fundadores’, conta seu biógrafo, ‘a comunidade de Condat se desenvolveu na unidade da fé e da caridade, e como uma colmeia espalhou-se, sob o sopro do Espírito Santo, pelas regiões vizinhas’”.