A Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo aos céus coroa sua vida terrena, e é a suprema glorificação do Filho Unigênito de Deus e nosso Redentor, como diz a liturgia de hoje, que ascendeu ao céu por vontade própria, entre o júbilo das legiões celestes, e cercado pelo cortejo das almas justas do Limbo. Ele se acha assentado à direita do Pai, como diz o Credo, com a nossa frágil natureza, unida à sua Pessoa divina.

Santo Agostinho atribui a instituição da festa da Ascensão aos Apóstolos. Mas os primeiros testemunhos seguros dessa festividade são do ano 300. No século V a festa da Ascensão já era universal. Antigamente fazia-se também uma procissão para recordar a caminhada de Jesus e dos discípulos ao Monte das Oliveira, e seu ingresso triunfal no céu. Atualmente esse fato prodigioso da Ascensão é ainda recordado pela extinção do Círio pascal após o canto do Evangelho, cerimônia esta introduzida por São Pio V. (Missal Romano Quotidiano, Edições Paulinas, 1959).

Primeira Aparição de Nossa Senhora de Fátima

Quando, no Velho Testamento, Deus queria punir um povo por causa de seus pecados, enviava um Profeta para alertá-lo. Dada a catastrófica situação em que nos encontramos nos dias tão corrompidos e tão conturbados de hoje – inclusive na Santa Igreja de Deus –, para prevenir os homens de sua possível ruína não bastava um Profeta. Por isso quis Deus Nosso Senhor enviar sua própria Mãe para alertar os homens do perigo que correm, se não se convertem. Foi o que se deu em Fátima.

É de se ressaltar que na Cova da Iria, não quis a Virgem confiar sua mensagem aos grandes da terra, mas sim a três pequenos e humildes pastorzinhos. Antes, porém, quis prepará-los enviando-lhes um mensageiro celeste um ano antes de sua vinda. Assim, quando os três, Lúcia, tinha 9 anos, Francisco, 8, e Jacinta apenas 6 anos, lhes apareceu o Anjo de Portugal por três vezes em 1916. O mensageiro celeste lhes ensinou a rezar várias orações, dizendo-lhes: “Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz de vossas súplicas”.

É surpreendente como essas crianças de tão tenra idade levaram à  sério as mensagens do Anjo, de tal modo que, quando Nossa Senhora lhes apareceu no dia 13 de maio de 1917, elas estavam preparadas para recebê-la.

Lúcia, Francisco e Jacinta cuidavam de seus rebanhos nesse dia na Cova da Iria, quando viram, sobre um arvoredo, uma Senhora “mais brilhante que o sol”. Era a Mãe de Deus que lhes apresentou não um programa de afagos e carinho, mas a Cruz de seu Divino Filho, dizendo-lhes: “…Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. E voltarei aqui ainda uma sétima vez. Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos em ato de reparação pelos pecados com que é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?” Os generosos pastorzinhos responderam pela voz de Lúcia: “Sim, queremos”.

Nossa Senhora então acrescentou: “Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”. Recomendou-lhes então que: “Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra”. Dizendo isso, subiu para o céu.

A 13 de outubro de 1930 o bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, houve “por bem declarar como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria… e permitir oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima”.

É de se notar que Nossa Senhora pediu a crianças tão novas, que aceitassem os sofrimentos que Deus quisesse lhes enviar em reparação pelos pecados do mundo, e como uma súplica pela conversão dos pecadores.

Isso porque, sem a Cruz de Cristo, não há santificação. Se Nossa Senhora pediu a esses humildes e frágeis pastorzinhos que aceitassem o sofrimento em reparação pelos pecados naqueles tempos tão longínquos em que a situação do mundo, e principalmente da Igreja, não tinha chegado ao extremo apocalíptico de nossos dias, o que não pediria hoje a nós?

Felizmente A Virgem de Fátima indicou que, com a reza diária do rosário, se pode alcançar a paz do mundo e a paz para a Santa Igreja e para nossas almas.