No dia 8 de dezembro de 1854 o papa Pio IX definiu solenemente que a Santíssima Virgem Maria foi preservada desde sua conceição, da mancha do pecado, e que por isso era Imaculada.

Quatro anos depois a própria Mãe de Deus apareceu numa gruta cavada no rochedo de Massabielle, em Lourdes, pequena e quase desconhecida localidade nos contrafortes dos Pirineus, para confirmar essa verdade de fé, dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”. A partir de então Lourdes transformou-se na Metrópole da Fé, para onde passaram a acorrer multidões de fiéis de todo o mundo para venerar Maria Imaculada, e suplicar seus favores.

Com efeito, aparecendo 18 vezes a uma humilde adolescente, Bernardete Soubirous, recomendou-lhe, entre outras coisas, que “Reze pelos pecadores, pelo mundo tão revolto”, e “penitência, penitência, penitência!”. Por indicação da Virgem, Bernardete cavou o solo da gruta com as mãos, surgindo a milagrosa nascente, que tantas curas operariam.

Os milagres dessas curas são estudados com todo o rigor por uma equipe de médicos de fama universal, e só são reconhecidos os que não têm explicação médica. Mais numerosas, porém, são as curas das almas, menos visíveis.

O mariologo René Laurentin afirma que sobre a mensagem que se depreende das aparições: “O elemento principal é a manifestação de Maria na sua Imaculada Conceição… O resto é função deste primeiro elemento, e pode também resumir-se numa palavra: em contraste com a Virgem sem mancha, o pecado… Mas, inimiga do pecado, Ela é também amiga dos pecadores, não enquanto estão ligados às suas faltas ou se gloriam delas, mas enquanto se vêm esmagados pelos sofrimentos físicos e morais, consequência do pecado. Reduzida à sua expressão mais simples, poderíamos sintetizar desta forma a mensagem de Lurdes: A Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores. E para isso propõe três meios: a fonte de água viva, a oração e a penitência”.