O Martirológio Romano narra assim o martírio de São Sabino e seus companheiros, a 30 de dezembro: “Em Espoleto, o natalício dos santos mártires Sabino, bispo de Assis, Exuperâncio e Marcelo, diáconos, Venustiano, prefeito, com mulher e filhos, sob Maximiano, que foi Imperador Romano de 286 a 305, título que compartilhou com seu co-imperador e superior, Diocleciano.

“Marcelo e Exuperâncio foram primeiro suspensos no potro; depois, duramente espancados, descarnados com unhas de ferro, queimados e assados nas ilhargas. Assim se consumou seu martírio. Logo mais, Venustiano foi degolado à espada, junto com a mulher e filhos.

“São Sabino, porém, teve as mãos decepadas, e definhou longamente no cárcere. Por último, foi açoitado até morrer.

O martírio de todos eles ocorreu em ocasiões diferentes, mas é celebrado conjuntamente no mesmo dia”.

Segundo a tradição, ocorrera que, enquanto estava no cárcere, São Sabino curou um cego de nascença, chamado Prisciano. Ao saber disso, Venustiano, que era prefeito da Etrúria e Umbria, e sofria de uma doença dos olhos, foi visitar o mártir na prisão. Este, não se contentando com curar-lhe os olhos, curou-lhe também a alma, abrindo-a para a fé. Administrou-lhe o batismo, bem como à sua mulher e filhos.

Quando soube disso, Maximiliano encarregou o tribuno Lúcio de ir castigar o prefeito e acabar com o bispo. E foi assim que Venustiano, mulher e filhos mereceram a coroa do martírio sendo decapitados. São Sabino foi conduzido a Espoleto, onde morreu açoitado. As Atas que nos transmitem esses fatos, são consideradas dignas de crédito.